segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Seria engraçado se não fosse triste...

... acesso negado, a gente não existe.


A primeira coisa que aprendi com o Humberto, eu não vim até aqui pra desistir agora.
Nunca esqueço o dia que meu acústico MTV tocou pela primeira vez e eu fiquei embasbacada com essa frase, escondida ao fundo do meu quarto, com medo de levar bronca da minha mãe.
A melhor coisa que o Humberto me deu foram meus amigos. 
E com o tempo eu passei a entender o verdadeiro valor das pessoas na nossa vida, que quando a gente vive um dia por semana quem está lá pra ajudar são essas, que se dizem amigos, mas eu acho que são anjos.

Também aprendi com O Cara que a gente não tem que ficar acomodado com essa selva, não da pra fingir que não viu, dizer que não foi nada e levar mais porrada.
Porque no meio de tudo quem me salvou da selva foi o Gui e hoje é a nossa vez de salvar ele da selva, injusto ou não, certo ou errado, ele não está participando da pré-venda das agendas personalizadas do Humberto Gessinger, e quem conhece sabe a simpatia e a boa pessoa que ele é (prometo deixar minha tietagem pra lá hoje).
A agenda é 2012, não custa nada esperar mais 20 dias para comprar. 
E o autógrafo?! Bem, sou da opinião que fã De Fé não compra o autógrafo, vai atrás pra conseguir na raça, se não, que histórias você vai ter para contar pro seu filho? Pra escrever na agenda?

Então De Fés, agora é a hora ser sincero como não se pode ser, hora de mostrar que a gente pode contar sim com o apoio um do outro e dos amigos, porque ser De Fé não é só ser fã, mas é levar a sério o que o Humberto diz.
A Sempre Ler sempre esteve disponível quando precisamos, na época da pré-venda do Mapas do Acaso teve toda a simpatia, cuidado e confiança, e não só em âmbito profissional, também em aspecto pessoal, era mais do que comprar um livro, era fazer um amigo que levou a outros amigos.
Pense você aí, quem de nós do twitter você conhecia antes do Mapas do Acaso? Quem uniu essa gurizada foi o Gui e agora é a nossa vez de agradecer.

Isso não é maldade, não é tentar boicotar ninguém, acho que o que cada editora tem que vender eles venderão, mas todos nós que tínhamos dado preferência para a Sempre Ler antes de sabermos que ela não participará da pré-venda, devemos continuar fiéis a ideia, afinal, o que são 20 dias?
Agora é a hora da gente dizer "calma aí maninho, to voltando pro pedaço, se isso não der samba pelo menos da um abraço".

Conto com todos vocês De Fés.
B.

http://mundoenghaw.wordpress.com/2011/08/29/se-eu-fosse-voce-esperaria-ate-o-dia-1909-pra-comprar-a-agenda-enghaw-na-sempre_ler/
http://letras.terra.com.br/engenheiros-do-hawaii/45753/

O apartamento que era tão pequeno...

... não acaba mais (8)




Nem sempre a favor da maré, a menina que não tem nada detesta sextas-feira.
É como um pequeno pedaço do inferno cada sexta a noite, onde antigamente ela se escondia do mundo e encontrava seu lugar, agora, desolada, sente que não existe lugar para ela.
Talvez exista, longe das grades da sua prisão invisível.
O final de semana passa e ela só deseja caminhar pelas ruas da cidade de mãos dadas com o que ela sempre foi, ou com quem ela sempre pode ser.

A taça de veneno cai ao chão, se quebra, o líquido espalha pelo tapete e deixa uma mancha amarela que ela sabe que não sairá mais.
Cansada, joga sua bolsa na cama e se pergunta porque nem morrer deseja mais, essa garota que tem tudo, mas sabe que não tem nada.
Não é por ela ou por alguém, mas simplesmente por não ter vontade... O veneno continua manchando o tapete, mas ela só continua ali, parada, olhando para o teto.

Recobra a consciência depois de um pesadelo, desejava ter continuado no sonho, a realidade não é excitante ou destrutiva, é apenas real.
Procura alguém, os braços, as pernas, o corpo, o sexo, o beijo. Encontra a cama vazia, repleta de lembranças e bichos de pelúcia que as vezes parecem falar.
Nem livros, nem filmes. Nada faz com que ela tenha alguma coisa, que seja vontade de viver.
Perdedora.
Perdeu os sonhos, a luta, a vontade, e então, como que por mágica, passou a viver como os outros, preenchendo um eterno vazio das mentiras vazias, de copos de bebidas vazias, de sonhos vazios.
Vazio de tudo, vazio dela. Vazio de amor.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Quem salva quer salvação

... canta só pra ouvir a canção



É só mais um dia.
Surge por detrás de uma nuvem a doce luz do sol, toca no rosto dela e aí desaparece, como a sombra de um sonho mal acabado pelo despertador.
Parece ressaca, mas você se lembra que esqueceu de comprar o conhaque da noite anterior.
Eu sei como se sente, todas as lembranças que faziam bem ou mal desaparecem e a dor de cabeça preenche tudo ao seu redor, a ressaca emocional parece não ter fim.
Olhos de cigana dissimulada, o sol continua tocando no rosto dela como uma esperança vaga do amanhã e então chega a resposta não tão esperada.
Afinal, quem se importa com a dose de tequila, com o copo de conhaque, com o vinho derramado entre copos e taças e mesas. Afinal é o fim.
Ela caminha como quem dança pelos muros da cidade, sem precisar de luzes para iluminar seu caminho, ela é sua própria luz. Tão leve como o ar, seus passos parecem ensaiados ao som do silêncio.
Então ela encontra ele. 
Olhos azuis, cabelos tão loiros quanto poderiam ser. O sol também bate em seu rosto e ele também não precisa das luzes artificiais.
Do outro lado da rua, longe de seus passos de danças, dançando a música que ele escolheu. Ele também não pode ouvir o silêncio dela.
Você pensa que é normal, é banal, é real.
Para ela é mortal.


terça-feira, 23 de agosto de 2011

Mas sabe como é difícil de encontrar...

... a porta aberta, a hora certa de chegar.


Quem nunca se sentiu assim? 
Perdido, destruído, sem sonhos, sem luta, vagando pelas ruas escurecidas por um olhar triste, sem vontade de procurar um motivo.
Eu? Vou bem, obrigada.
Talvez na volta para casa amanhã eu compre uma garrafa de conhaque e comece a beber, só para entender porque quando as pessoas sofrem elas pedem um conhaque pra enfrentar o inverno.
Não quero responder mensagens, não quero falar com ninguém. Quero falar comigo e talvez com meu ídolo.
É chato envelhecer dez anos ou mais, e mais do que isso, aprender a fazer a coisa certa por mais que você queria gritar.
Quem nunca passou por isso?
Duvidas, pesadelos, medos... você só quer alguém ao seu lado que se preocupe de fato, e se preocupe de fato com você.
Não existe, eu sinto muito.
A única pessoa no mundo que se preocupará com você antes de se preocupar com ela é você... e sua mãe, mas isso não vem ao caso.
Eu sei que um banho e uma boa noite de sono farão tudo isso passar, que logo estarei arrependida de não ter tietado mais o Humberto no ultimo post dele, mas hoje eu sou só, só para mim e por mim.
Sem Humberto, sem amigos, sem ex, sem futuro... um rostinho bem maquiado, algumas fotos na câmera e o desejo de não mais eternizar momentos.

Amanhã vamos rir de tudo isso.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Mas não pensei que fosse tão difícil...

 ... ficar sozinho numa noite de inverno.



Você olha para o lado, não existe sinal de paz.
O quarto bagunçado se confunde com o bagunçado que se confunde com seus pensamentos. Sua mente voa livre, presa ao corpo que sente a crise de abstinência que seu veneno tóxico deixou.
O antídoto que parecia fazer a diferença se tornou fraco? 
Seus olhos surpreendem seu coração, um mínimo detalhe faz tudo mudar de lugar. A bagunça vira um simples fundo e toda sua atenção se prende ao que está bem ao centro dela.
A vida te vence fácil, esse quarto parece um quarto velho de bordel, sujo da luxúria que muitos pagaram e poucos tiveram. Sua cama cheira a podridão, abandono.
Sua busca desesperada impede sua respiração, o ar falta e você sabe que só o recuperaria nos suspiros de amor, nos braços de alguém que mesmo estando dentro de você, se encontra distante como jamais esteve.

Esqueça. 
Não faz diferença, porque além da bagunça fica o vazio, você esconde o eco que seus pensamentos produzem nesse coração vazio de si, com uma bagunça planejada exatamente para que pareça tudo tão cheio de nada.
Ninguém precisa disso e você se dará conta, então enfim levantará a cabeça, olhará para além da janela. Lá fora as luzes artificiais continuam a brilhar, mas sua visão vai além.
Vai para si.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Era só questão de dia...

... um dia ia acontecer.



- Ao som de músicas. - confirmou Mary a sua filha.

Ela consultou sua prateleira repleta de livros empoeirados e correu o dedo até sua sessão favorita. Quatro livros não muito grandes, diferentes em comprimento, mas quase da mesma altura.
Com delicadeza retirou da prateleira o terceiro deles.

- Essa. - ela se voltou para a filha. - Foi minha agenda daquele ano, onde em todos os dias eu relatei o que acontece, sendo bom, ruim ou simplesmente sendo.
Mary entregou nas mãos da pequena Lili sua agenda do ano de 2012, como se ali estivesse toda sua vida, como se entregasse o que tinha de mais precioso, com exceção da própria filha.
Lili correu para seu quaroa, com toda sua inocência de criança, empolgada para ler os segredos da mãe de quinze anos anteriores, enquanto isso Mary sentia cada recordação inundar seus pensamentos.
Era como seu ídolo havia dito, sempre alegre ou sempre triste é sempre chato, aquele ano encontrou mais altos e baixos do que ela poderia imaginar. Humberto estava certo, não teve nada de chato num ano tão equilibrado.
Mary sentiu uma onde de nostalgia invadir seus olhos, seu corpo, ao som do baixo, bateria, guitarra e viola caipira, sabendo cada esquina daquele ano cheio de curvas. Poderia ter sido o melhor ano da sua vida, se todos os anos não tivessem sido os melhores.
Ela olhou para o lado e sorriu, distante da casa em PoA onde morava agora.
Ao longe o som da porta da sala se abriu e Lili quebrou toda a tranquilidade da casa correndo para os  braços do pai.

- Papai, olha o que a mamãe me deixou ler.

Paulo olhou para a agenda e sorriu. Havia uma pequena parte dela somente dedicada a ele.
Delicadamente ele folheou as páginas da agenda até onde ele havia escrito doces palavras em uma primavera de quinze anos anteriores e as mostrou para Lili.
Ela leu com entusiasmo, com toda a dificuldade de uma garota de sete anos de idade. Mary observava os dois de longe, sabendo que muito do que havia naquela agenda havia levado tanto Paulo, como ela, a estarem ali com Lili, mostrando o passado, planejando o futuro e vivendo o presente.
O olhar de Paulo se cruzou com o de Mary e os dois sorriram apaixonados.
Nostalgia novamente, ao som de uma das músicas que cantavam de dentro daquela agenda tão especial e que guardava um ano tão recente, para quinze anos depois.

O celular de Mary começou a tocar a trilha sonora do mês de setembro da agenda nas mãos de Lili, e por menos que ela desejasse, aquele momento encantado se distanciava por um segundo para que ela pudesse enfrentar novamente a vida real.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Quem diria que ironia...

... sem você eu sou feliz.



Achei que a primeira música seria 'desde aquele dia', mas parece que Outono em PoA vai me render um pouco mais de discussão. 

Chegou aquele momento que você acreditou mesmo que tudo estava perdido e que nada mais faria sentido, mas a tempestade não passava de uma chuva de verão. O vento cessou, as nuvens começaram a iluminar o céu e, mesmo seu coração machucado, começou a ser abrir para o que seus olhos não podiam acreditar.
E novamente aquele frio na barriga, olhos brilhantes e uma leve noção de perda de noção.
Nem tudo estava perdido, todas as magoas ficaram para trás, era seu dia de sorte. Uma casa nova, uma vida nova, matérias novas... Novos desafios, novos horizontes.
Porque até mesmo aquela música que lembrava aquele momento desapareceu.
Eu sei, não dá para negar que o cheio daquele creme Victória's Secrets ainda lembrará a praia na primavera de 2009, quando tudo era tão encantador e perfeito que você nunca imaginou ter fim. Também sei que "boa noite, Cinderela" trará o perfume daquele velho apartamento que existia para vocês.
Mas fora isso, nada mais restará, confie em mim, o tempo será como um mar de ressaca, levará tudo embora, trará de novo, levará, trará e depois, consumirá tudo. 
Você imaginou mesmo que não desejaria ficar sozinho? Sem seus amigos, sem todo mundo? Chegará a noite que você desejará é viver, sem se prender a nada, sem precisar de ninguém e nesse dia você será feliz.
Já sentiu tranquilidade, paz? Sim, quando ele dizia que era o que melhor poderia ter tinha toda a razão do mundo, o amor não é o suficiente, mas a tranquilidade de um sábado de manhã pode mudar sua vida.
Então não se importe tanto, aquele livro dele não devolva, o endereço para o qual ele disse que mudou é falso. Ou então entregue a um conhecido, esqueça.
Porque eu sei que chegou aquele momento que você acreditou que tudo desabaria, mas aqui está você, lendo/escrevendo, estudando e pedindo para ficar em casa.
Sim, você aceitará que longe também pode ser sua casa. 
Veja você, que surpresa, que coisa incrível, descobri que sou feliz.




http://letras.terra.com.br/engenheiros-do-hawaii/84477/

terça-feira, 9 de agosto de 2011

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

@reborn



Não que tudo esteja na santa paz de Deus e no mais perfeito caos, mas sempre existe um equilíbrio difícil de alcançar que algumas vezes essa minha vida sempre conturbada já passou.
Novamente nele, e agora com um nome tão procurado: felicidade.
Porque não é preciso ver meu ídolo todos os dias e encontrar o príncipe encantado para ser feliz, basta encontrar nos seus motivos algo que faça realmente valer a pena.
Seja uma série de mensagens bonitinha as 3h da manhã de uma terça, ou ouvir uma música do Gustavo Lima e você, ou ainda risadas com a idéia de ter um fusca roxo, qualquer coisa pode ser um motivo.
Provavelmente algum dia esse blog encontrará dias de escuridão e uma tristeza profunda, mas o juz ao 'reborn', termo já então presente no meu vocabulário, pede por uma mudança total, não só de endereço, mas como diria uma música aí 'me libertei daquela vida vulgar que eu levava junto a você'.
Renascer como a fênix que sempre fui, cada vez mais forte.
Voltar ao que era antes, sabendo o que sei agora, depois de ter envelhecido dez anos ou mais nesses ultimos 20 dias, acredito que até mesmo nesse ultimo mês.

Foram as férias, as melhores férias da minha vida, que fizeram tudo mudar.
Reborn for me.
Quisera eu que todos os dias fossem 16 e 17 de julho de 2011, que eu pudesse sair com meus amigos, ver meu ídolo quatro vezes no mesmo dia, (re)conhecer pessoas e mais ainda, descobrir que eu posso mudar minha vida e talvez até a vida dos outros.
Julho pode ter acabado, mas o que ele trouxe será eterno dentro de lembranças e no pulsar do coração de quem viveu essas férias tão intensamente quanto eu.
Reborn for we.
Sem tantas defesas e sem o total tom de sarcasmo, as vezes até sendo eu mesma. 
Ilex Paraguariensis.

Copyright © 2014 Reborn for me

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