quinta-feira, 7 de junho de 2012

Se você sentisse...


... o medo que eu sinto do escuro (8)




Maldita música que soletra em sua melodia sonhos de uma noite que parecia nunca mais ter fim.
É hora de recuar... 
As vezes retirar as tropas da luta é o único jeito de ganhar a guerra, mesmo que a vitória seja apenas uma triste derrota disfarçada de ilusão.
Meter-me por perto, por hora, é o único jeito de não perder o que me faz respirar e, ao mesmo tempo, é a forma mais mortal de distanciá-lo de mim.

Não há volta.
É um caminho de via única, sem chances para uma segunda vez, sem vezes para uma segunda chance.
Eu aceito tranquilamente o que meu destino sarcástico me ofereceu, sabendo que ele estará ao meu lado durante toda a estrada. mas nunca chegará ao meu destino.
Nunca fará parte do meu destino e eu soube desde o começo, nunca farei parte do dele.

E do outro lado da rua eu vejo o que tenho deixado de lado.
Batalhando pelo impossível eu quase perdi de vista minha sempre eterna felicidade, quase perdi minha vida tão detalhadamente construída.
Sonhos pequenos que chegam ao fim.
O enredo muda, as cortinas se fecham e sinceramente, eu não tenho vontade de agradecer pela grande peça de teatro que ando atuando somente e tão somente por saber que, de um lado tenho um sorriso e do outro um suspiro.
As vezes minha vontade é me perdeer dentro de minha própria escuridão e esquecer de tudo, esquecer de mim...
A tarde chuvosa condiz com meu coração nebuloso e tudo volta mais ou menos ao seu lugar.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Não sei qual foi a causa...

... e quais serão as consequências (8)



Fraca.
Impotente de fazer algo melhor do que isso, pequena demais para saber o que fazer ou que caminho certo seguir... Dirigir por essas curvas não é tão fácil quando não se sabe onde quer chegar.
E aí ele vem, me pede para ser forte, mas mal sabe que minha única força vem de seus olhos distantes.
Inalcançáveis.
E então eu viro uma espécie qualquer daquelas pessoas que podem fazer tudo por quem... ama? (será que é amor?)... bem, que é capaz de tudo por alguém e nada por si mesmo.

Pensamentos.
A chuva os arrastam de volta para mim, de onde saíram e para onde eu, mais de uma vez, supliquei para que nunca mais voltassem.
Eles se confundem com o confuso de meus pensamentos e então, volto a me questionar o que é certo, o que não é.
Força, fraqueza... Medo.
Meu olhos, agora assustados, observam um rosto estranho no banheiro; que ri atoa e, então, chora compulsivamente por não ser a mesma.

Já vi o fim do mundo algumas vezes, é o sentimento mais comum.
Volto a encarar o espelho, agora percebendo as marcas desse paradoxo qualquer acelerando meu coração e descontrolando meus passos. Qual o caminho certo?
Retorno. Preciso ser forte, por ele, não por mim.
A máscara recai sobre o rosto, a chuva continua a ensurdecer o silêncio gritando nomes que não quero ouvir e dizendo coisas que não quero pensar.
Já vi o fim do mundo algumas vezes e na manhã seguinte estava tudo bem.


Copyright © 2014 Reborn for me

Distributed By Blogger Templates | Designed By Darmowe dodatki na blogi