domingo, 29 de janeiro de 2012

Sonhos tão pequenos

... que nunca tem fim (8)



Você imagina.
Pensa que pode escolher um final feliz para sua história, que pode viver para sempre eternizado em pequenos momentos. Acredita que em seu ultimo suspiro dirá que valeu a pena.
E aí você vê que não, que a distancia entre o que vc sonha e a realidade é tão infinita que a possibilidade de se tornarem a mesma coisa chega a ser impossível.
Então vem as lembranças de quando as coisas pareciam perfeitas e não eram.

Pequenos pedaços de felicidade vão marcando lentamente os caminhos por onde andei.

E hoje observo o vazio sem ter medo de enfrentá-lo, é prato principal e simplesmente não há como fugir.
As vezes me pergunto o porque de construir um futuro, de se sonhar um presente, é algo tão profundamente devastador, é buscar algo para se agarrar e encontrar o nada como apoio.
E as lembranças que vem e que vão, tão nítidas como no dado instante em que aconteceram, o sorriso, a risada, o doce perfume já tão conhecido... o toque quente em um dia frio.

Nada substitui, nada pode consolar... e saudade vai levando, vai matando.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Não tem parada errada não...

... no olho do furacão (8)



O sentimento de que tudo que se toca transforma-se em pó.
Consequências de uma carga emocional demasiada, que aos poucos pesa dos olhos profundamente escurecidos de vida. 
Saudades.
De todos os venenos já degustados, o gosto mais amargo e infinito é este que nos faz desejar o que está longe, tanto dos olhos como do coração.
Observo o horizonte repleto de tudo que quero, mas eternamente horizontal, jamais possível de se alcançar, caminhar em linha reta pode ser pior que andar em círculos.

Tudo mudo ao teu redor, o que era certo, sólido, dissolve, desaba, dilui... desmancha no ar.

Besteira construir a estrutura de uma vida, de quem você é do que deseja ser, em cima de sonhos, em cima de pessoas, em cima de sentimentos.
Nada que se move é confiável, não vale a pena depositar o que de mais precioso você espera ter em objetos, emoções e pessoas que simplesmente podem desfazer a harmonia do equilíbrio e deixar vir ao chão o que você construiu com tanto empenho.
Parece uma busca infinita encontrar algo que justifique os motivos para simplesmente continuar.
E tudo que toco parece desmoronar, um barco em ruínas esperando o primeiro deslize para enfim naufragar e levar consigo todas as histórias que já passaram por ali.

De grão em grão, por entre os dedos, tudo parece escapar.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

O sonho é popular...

... eu li isso em algum lugar (8)



Tempestade.
Existem tantas formas de falar de amor e tão poucos sentimentos que, para mim, demonstrem a intensidade deste em questão.
Lastimavel mentira é tão sublime sentimento que ao trazer a alegria nos acorrenta as suas graças e nos impede de respirar.
Não importa de que lado você esteja, se tratando desse jogo é impossivel vencer.

Basta, que se derrame a ultima gota de sangue por uma trivialidade tão enraizada em seus próprios medos.

Segue teu caminho e nunca olha para trás.
Sonhos são pequenos atalhos que levam a profundos abismos, não se deixe ceder pelo que eles respresentam em seu majestoso teatro. É mentira.
Trace uma reta, siga em frente e não se preocupe com o que está em seu caminho, porque se você estiver no caminho de alguém não tardará a ser atropelado.

Destrua esse sorriso bobo, essa sensação boa durará o tempo de te matar aos poucos.

Não seja inocente, você finge ler e se preocupar, achar que o que digo é absurdo, que é apenas uma revolta de quem está com a vida ruim... mas aí você se lembra de todas as noites que não dormiu, de todas as lágrimas que perdeu.
Infelizmente para a grande maioria um velho amor desgraçado é facilmente curado por um novo amor bonitinho, até que este se torne desgraçado também.
Fácil demais, mas não para mim.

Agora pegue essa cólera de desilusão e tome para sua vida, de a interpretação que achar mais conveniente e só entenda uma coisa, não peça novamente uma rede de ilusões para quem está cansada de brincar de vida.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Deve haver alguma coisa...

... que ainda te emocione (8)





Chegou 2012 e apenas hoje eu tive tempo para escrever aqui. Não é falta de tempo no sentido mais literal, dentro de um ciclo eterno de 24h, mas de um tempo que me deixe livre para viajar nele mesmo.
E não são todos os texto do Humberto que me trazem prazer em ler, não são todas as twitcans que eu acompanho. Nem todas as músicas fazem sentido.
É fato, não são todas as pequenas e grandes coisas que me servem, que me fazem seguir em frente.
Mas no primeiro dia desse ano eu recebi as palavras que delimitaram como seria, então, um ano inteiro em uma madrugada.

Tudo mudou, ela acordou, ela está pronta pra recomeçar.

A sensação de mãos e coração livres e quentes vai além de acordar com medo dos fogos avisando que mais um ano se foi.
Pode ser que as 4 primeiras horas de 2012 já tenham tido um sabor diferente, mas eu tenho visto claramente coisas que antes eu imaginava.
Tenho visto e sentido como se jamais tivesse o feito, e parece então que cresci um pouquinho, mas não deixei de me sentir tão frágil quando um dente de leão a merce do vento. Desprotegida,
Os fogos da noite do dia de ano pareciam espantar demonios e fantasmas que consumiram meus coração, que trouxeram um profundo escuro para meus olhos... e só Deus sabe o quanto tenho medo de escuro.

Mas sabe como é difícil encontrar a palavra certa, a hora certa de voltar.

Eu tenho visto tanto de tudo. 
Tem gente que quer salvar, tem gente que quer salvação. O masoquista e o sádico raramente se encontram, uma relação em equilíbrio se faz necessária quando não existe nada além de caos.
No mais, amores não correspondidos e uma intensa vontade de viver andam predominando eternamente em cada suspiro e em cada risada.
E porque o que é preciso e necessário parece não ser o que meu horizonte mostra. Será que só eu sinto essa necessidade profunda de me libertar e de preencher o que está vazio e sozinho aqui dentro?

Diga que você me quer porque eu te quero também.
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