Não busco príncipeis de papel que se desmacham com a chuva fina, não procuro por amigos invisíveis que não retornam ligações.
A medida, a dose certa, um gole final do veneno mais caro, da bebida letal.
Procuro amores incondicionais de noites de inferno trancada em um quarto, amores que fazem e desfazem o misterioso mundo por imagens de webscam e cartas escritas a luzes de vela.
Quero amigos que ligam o oposto a seu lado mais distante, que tracem paralelas e perpendiculares e digam, no final, que tudo é relativo e que a distância não existe.
Poesias em SMS me conquistam, desenhos perfeitos me estressam. A perfeição, de fato, deve ser monótona como caminhar eternamente em lina reta, quando não há pequenos deslizes na paisagem duvidamos da simetria do quadro, não é real.
Superficialidade não se confunde com convencionalidade para mim, não faz sentido fingir relações e sentimentos que não são seus, quem perde não é que recebe.
Amizades, elas dizem muito mais que poesia, que filosofia. Certa amiga disse uma vez que nas relações era a que menos perdia, porque ela dava tudo e não ficava com nada.
As vezes sou assim também, as vezes sou eu a errada da história.
Ainda quero amores tranquilos com sabor de fruta mordida.
Entre amigos que transitam entre amores, desejo somente noites estreladas, luas distantes, a canção favorita, a melhor noite de sono para a melhor amiga.
Também anseio pela felicidade do melhor amigo, seja ele qual deles for.
E enquanto o vazio de mim consome o nada que me faz continuar, procuro dar motivos cordiais para dizer, seguir em frente faz com o tempo cicatriza. A música ao contrário não é verdade.
Suavidade no toque, leveza no olhar, sorriso delicado... o vento acaricia o cabelo dela sem dizer muito mais do que aquilo, ela sente uma paz que jamais sentiu.
Ela está pronta pra recomeçar.
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