os dedos anseiam antes de tocar o teclado, acertar as palavras e atingir as pessoas são coisas distintas que exigem certa coragem e um pouco de estupidez. em dias como esses, é quase impossível dizer com certeza se sou eu que vou contra maré ou se eles é que estão na contramão, só sei que a sensibilidade e a sensatez as vezes se destoam, as vezes se confundem e muitas vezes exageram. eu vejo no horizonte um raio de luz, mas estou no fundo de um desfiladeiro de medos e dores que me assombram, preciso de ajuda, preciso que me estendam a mão, não por não saber escalar, mas por necessitar do próximo se reconhecendo em mim. aquela velha necessidade humana de que o outro possa provar que vale a pena sair e encontrar o dia claro, nos pequenos gestos de empatia e identificação mútua de que todos carregamos o triste fardo de viver, que trás consigo os estragos da noite, a dor que consome, o amor que desbrava tudo, a força para continuar. eu sei caminhar sozinha, mas eu não quero, a estrada parece amena quando se tem alguém ao lado.
domingo, 27 de janeiro de 2013
Risque outro fósforo...
... outra vida, outra luz, outra cor.
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
Meias verdades noites inteiras...
... bebendo bobagens, pensando besteiras ♪
carrossel. no final das contas nos vemos envolvidos em um, com a chance de sair pela tangente, mas tão embalados pelo giro que não percebemos que ele nos deixa tontos. porém, você precisa saber, você nunca pode esquecer, que existe a tangente e que quando você quiser você pode sair por ela. eu sei, eu sei, você vai cair no chão, vai rolar, vai se ralar, vai se sujar de terra, de grama, vai tentar levantar e cair com a tontura, com a sensação de ainda estar girando. mas quando o mundo ficar em seu lugar exato, você correrá pro balanço, ou voltará para o carrocel (o mesmo ou outro), só tem que saber que na medida certa, as vezes é necessário parar. roda gigante. a vida vai subir e descer, e acabar não saindo do lugar, então aproveite a vista na subida e tente matar o tédio da descida, porque no final não vai adiantar seus esforços desnecessários de olhar para cima ou para baixo, o que você terá será apenas uma pequena cabine que te cerca, torça para estar acompanhado. pane. o panico é inevitável, quando a vida para de girar e você sente algo saindo do lugar, o desespero torna-se a companhia mais presente. não tenha medo, a madrugada é fria, é escura, mas é mansa, é morna, é doce. ela vem te fazer pensar.
quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
Desde aquele dia
minha vida está vazia ♪
hoje o dia foi difícil, meu amor, sua ausência se fez mais presente que nunca. não que os dias não tenham sido difíceis desde então, não que eu não sinta sua falta como sentiria falta de respirar, mas hoje foi diferente. o passado me atormenta, sabe? ele vem em doses homeopáticas e em ondas de ressaca e não deixa nada no lugar. só que não é o passado que me entristece, nem o futuro sem rumo que estou agora, mas esse presente que me aprisionou dentro de um de meus muitos pesadelos. ah sim, pesadelos amor, lembra quando eu acordava assustada e te abraçava de noite? esse tipo de pesadelo agora é real, menos a parte que eu posso acordar e te abraçar. tudo bem, nós ainda estamos juntos, mas será que ainda estamos perto um do outro? não é apenas uma distância de quilômetros que nos separa, mas os diferentes rumos que nossos corações tomaram. eu, eu sei, não adianta ninguém falar ou tentar nos separar, no final nós sempre estaremos juntos, mas falta muito para o final voltar a ser o começo? sinto sua falta, falta mesmo, saudades que chega a doer, um infinito de lembranças que me faz desejar insanamente poder, sei lá, rolar na cama abraçada com você, conversar horas perdendo a noção do tempo, acordar antes do despertador e sorrir ao te ver dormindo. deve ser saudades do que eu quero que aconteça, deve ser medo. só sei que hoje sua ausência conversou comigo, naquele seu mesmo tom de voz quando está entediado, me dizendo para manter a calma que tudo ficará bem.
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