... o medo que eu sinto do escuro (8)
Maldita música que soletra em sua melodia sonhos de uma noite que parecia nunca mais ter fim.
É hora de recuar...
As vezes retirar as tropas da luta é o único jeito de ganhar a guerra, mesmo que a vitória seja apenas uma triste derrota disfarçada de ilusão.
Meter-me por perto, por hora, é o único jeito de não perder o que me faz respirar e, ao mesmo tempo, é a forma mais mortal de distanciá-lo de mim.
Não há volta.
É um caminho de via única, sem chances para uma segunda vez, sem vezes para uma segunda chance.
Eu aceito tranquilamente o que meu destino sarcástico me ofereceu, sabendo que ele estará ao meu lado durante toda a estrada. mas nunca chegará ao meu destino.
Nunca fará parte do meu destino e eu soube desde o começo, nunca farei parte do dele.
E do outro lado da rua eu vejo o que tenho deixado de lado.
Batalhando pelo impossível eu quase perdi de vista minha sempre eterna felicidade, quase perdi minha vida tão detalhadamente construída.
Sonhos pequenos que chegam ao fim.
O enredo muda, as cortinas se fecham e sinceramente, eu não tenho vontade de agradecer pela grande peça de teatro que ando atuando somente e tão somente por saber que, de um lado tenho um sorriso e do outro um suspiro.
As vezes minha vontade é me perdeer dentro de minha própria escuridão e esquecer de tudo, esquecer de mim...
A tarde chuvosa condiz com meu coração nebuloso e tudo volta mais ou menos ao seu lugar.
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