segunda-feira, 4 de junho de 2012

Não sei qual foi a causa...

... e quais serão as consequências (8)



Fraca.
Impotente de fazer algo melhor do que isso, pequena demais para saber o que fazer ou que caminho certo seguir... Dirigir por essas curvas não é tão fácil quando não se sabe onde quer chegar.
E aí ele vem, me pede para ser forte, mas mal sabe que minha única força vem de seus olhos distantes.
Inalcançáveis.
E então eu viro uma espécie qualquer daquelas pessoas que podem fazer tudo por quem... ama? (será que é amor?)... bem, que é capaz de tudo por alguém e nada por si mesmo.

Pensamentos.
A chuva os arrastam de volta para mim, de onde saíram e para onde eu, mais de uma vez, supliquei para que nunca mais voltassem.
Eles se confundem com o confuso de meus pensamentos e então, volto a me questionar o que é certo, o que não é.
Força, fraqueza... Medo.
Meu olhos, agora assustados, observam um rosto estranho no banheiro; que ri atoa e, então, chora compulsivamente por não ser a mesma.

Já vi o fim do mundo algumas vezes, é o sentimento mais comum.
Volto a encarar o espelho, agora percebendo as marcas desse paradoxo qualquer acelerando meu coração e descontrolando meus passos. Qual o caminho certo?
Retorno. Preciso ser forte, por ele, não por mim.
A máscara recai sobre o rosto, a chuva continua a ensurdecer o silêncio gritando nomes que não quero ouvir e dizendo coisas que não quero pensar.
Já vi o fim do mundo algumas vezes e na manhã seguinte estava tudo bem.


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