quarta-feira, 30 de maio de 2012

Risque outro fósforo...

... outra vida, outra luz, outra cor (8)



Escrever. 
Tentei lembrar a palavra em inglês, mas a língua mais difícil do mundo - para mim - continua sendo uma incógnita em minha cabeça. E aí tudo se mistura.
Cartas de amor que jamais mandarei, sentimentos profundos que devem ficar apenas perdidos em meus olhos felizes/tristes... confusos.
É como procurar distante o que se tem por perto, sem nunca encontrar, sem nunca tocar.
Buscar algo que não se pode ter.
Será mesmo que vale tão a pena se afogar em doces ilusões de um mundo que nos sufoca? Ou seriam tão doces as ilusões que criamos e não podemos alcançar?
A dúvida é o preço da pureza e é inútil ter certeza.

Contramão.
Caminhar contra a corrente banal que nos carrega enfileirados para o ponto de partida. Quando se percebe estamos todos andando em círculos e nessa caso, sair pela tangente é a única forma de se salvar.
Quem salva quer salvação.
Retorno ao início: escrever. Salvar, compreender, consolar. Não sei o que traduz minha necessidade de colocar em letras mal feitas e pedaços de papel reciclado com sentimentos novos, mas sei que eu vejo somente e tão somente o desenho ganhar a forma do que me assusta.
E o medo do escuro retorna, porque nada pode assustar mais do que o que se esconde na parte obscura de minha alma, na parte não tocada de meu coração.

Fugir.
Desviar os olhos como se não fosse verdade, porque ninguém virá ajudar; à meia-noite o príncipe vai embora com algo que o distraia e a princesa jamais tem seu final feliz.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Me traz na bagagem...

... tua viagem sou eu.



Descobri com serenidade que as vezes coisas simples de coração tornam-se muito maiores do que grandes atos que passam batidos.
São simplicidades por aí que eu chamo de inspiração. 
Hoje acordei lembrando que no inverno fica tarde mais cedo e dei o nome mais bonito a minha inspiração: Marina.
E quando suas inspiração mudou sua vida, o que falar para ela? Não sei, penso eu, vulga aspirante a escritora, que inspirações falam por si só.
Minha pequena fala por si e muito mais, porque seu coração é mais que simplesmente simples, é puro, inocente que tão só. Porque minha inspiração é puro sentimento e muito mais frágil que um cristal, mas tão somente forte como uma mulher que se torna a cada instante.

Marina.

Porque não é qualquer super-herói por aí que consegue salvar uma vida com um toque a distancia de sua magia sem igual. 
Há mais de um ano tem sido assim, uma nova vida a cada conversa, uma nova esperança e um caminho certo para um sorriso sincero, basta ligar os fios que nos conectam.
Sei lá, a distancia é tão pequena que te sinto sempre aqui, ao lado, comigo. Tão mais do que qualquer pessoa que realmente esteja por perto.
Marina, menina, teu sorriso encanta, sua voz adoça e tuas palavras confortam.
Teu dia tão especial, feito somente para você, me deixa desejosa de pegar o primeiro voo rumo a tão perto do meu coração.

Best.

O loiro, que de anjo já tem tudo, ainda trouxe diversos anjinhos com ele, daqueles peraltas e cheios de vida, que nos dizem de uma vez por todas pelo que vale a pena viver.
Entregou em minha mãos a mais valiosa joia rara, daquelas que alguns por aí chamam de amizade, mas eu não, eu chamo de felicidade.
E quem sabe o que tem valoriza, quem sabe quer perto.
É seu aniversário e eu não tenho presentes, não tenho abraço (nem samba), não estou aí para pular em você e te acordar cantando bem desafinada, mas eu dou meu presente simples de coração.
Minha sinceras e apaixonadas palavras de uma amiga que te ama muito e que te queria ao lado sempre, porque por perto está há mais de um ano <3

E porque no último minuto te dizer essas palavras?
Para que você tenha certeza que até nos últimos instantes eu sempre e sempre estarei com você!

Feliz aniversário minha menina. 
Amo você!

quinta-feira, 10 de maio de 2012

A vida não pode ser

um conta-gotas na tua mão (8)




.desenhei com a ponta dos dedos as iniciais de nossos nomes na areia fina da praia; esperava que aquele lugar eternizasse nossos nomes por um momento e que talvez o vento não apagasse.
nem sei por quanto tempo aquelas marcas de um momento infinito ficaram na areia, não sei se foi o vento, algum turista ou uma tempestade de areia que soterraram o que eu queria para a eternidade, mas sei que não deve estar naquela mesma praia a essa hora.
talvez nem o sentimento seja o mesmo, quem sabe até ele, juntamente com a fina areia da praia não tenha se acabado em si mesmo... tenha sido espalhado e deixado de significar uma coisa só.
O amor quando acaba parece que nunca existiu, mas se persiste e sobrevive pode ser viciante e fatal.

.escrevi nossos codinomes em um simples pedaço de papel, as vezes quando olhar para frente ainda vejo esse pequeno e surrado papel, que ainda existe e que está aqui.
a tinta azul já desbotou, a folha se tornou levemente amarelada e as palavras nela tão ultrapassadas quanto um sonho bom, porque tudo se vai.
tarde inteiras falando bobagens, dizendo besteiras, descobrindo um mundo que não era meu e agora, entendendo como teu mundo era e, de repente, como já não é mais.
era como uma história de um livro qualquer, como a salvação para uma cabeça tão cheia quanto se podia imaginar, mas similar as próprias páginas, um sentimento seco, frio e impresso. copiado.

triste conclusão essa de que o desenho que se apaga com o tempo, com o vento, dura tão mais que aquele impresso em tinta preta. triste conclusão de que as pessoas passam e quem permanece nem sempre é o melhor... e quem se foi definitivamente não era o melhor.
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