Qual a paisagem da estrada que sempre me leva ao mesmo lugar? As decepções acumuladas e repetitivas, tão remotas, monótonas, iguais. As páginas de um livro que ressaltam minha estupidez uma personagem pouco complexa, expondo aquilo que quero esconder. Nem o refúgio permite a fuga, a queda é eminente as paredes de papel não protegem da chuva fina que as derretem com sadismo e inevitavelmente. E quando se chega ao mesmo lugar não há saída, meu caro amigo, resta apenas andar em círculos para espantar o tédio. De quantas lágrimas solitárias já fiz rascunho para minhas queixas? Esmolando os restos de qualquer atenção que caiba, a fim de se compadecer da minha pena e minha culpa. Contudo, os esforços de afastar a dor não trouxeram resultados, a tentativa de não me mover por sequer um centímetro a fim de evitar a pontada aguda no machucado não facilita a cicatrização, é preciso limpar, cuidar e medicar. É preciso se mover, permanecer parado adoece o corpo e prejudica a alma. É preciso encontrar saída, sem depender de nada que esteja fora, apenas da própria orientação e um pouquinho de bom senso. É preciso se mover para se afastar...
segunda-feira, 11 de agosto de 2014
Risque outro fósforo...
... outra vida, outra luz, outra cor ♪
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