quarta-feira, 3 de abril de 2013

Na verdade nada...

... é uma palavra esperando tradução ♪



ela repousa a cabeça e dorme, mesmo tendo o visto a poucas horas a saudade aperta por querer estar sempre por perto. seus dias começam a passar em contagem regressiva: faltam só mais dois dias para vê-lo de novo, apenas mais uma noite, apena mais algumas horas. o despertador toca, ela observa o dia para escolher uma roupa qualquer, com todos os mínimos detalhes no lugar e quando olha, está todo seu guarda roupa na cama por conta de uma simples blusa qualquer que deveria ficar perfeita. ainda é cedo, muito mais cedo do que ela costuma despertar, mas por alguns minutos ao lado dele, sono é algo irrelevante. se arruma, alisa o cabelo cacheado, esconde as olheiras dos medos da noite anterior, escolhe a cor que ele gosta, o detalhe que ele repara e vai, com passo apressado, mas sem esbarrar em que passa na rua. sua sede em matar a sede é grande, o tempo parece correr ao contrário: só mais quinze minutos. tudo em vão. porque ele nunca percebe que todo e qualquer esforço para ela é mínimo, que vê-lo sorrindo é o suficiente para fazer o resto do dia valer a pena. nunca enxerga que tudo gira em torno daquela vidinha miserável que ele faz questão de dizer que é assim, e por ser dito se torna. ele não entende, porque ele nunca poderá sentir o que ela sente. ela é só uma garota, que se perde no meio de outras, que desaparece na multidão, sem essa ou aquela qualidade que a destaca, sem méritos, sem nada de especial, só uma mera garota descolorida, desbotada, pretoebranco, que poderia ter tudo só por suas mãos estarem entrelaçadas com as dele. uma garota que de tanto ser confundida com o nada, tornou-se nada então.

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