a passagem do tempo se dá lenta e vagarosa com o penar dos dias pulsantes. um sol infernal e uma noite gelada são o plano de fundo de quem esteve no fundo do poço mais que uma vez. o que? dois meses desse novo ano já se passaram e nem parece que foi assim. mentira. da madrugada iluminada do primeiro dia do ano, até essa madrugada barulhenta pelos carros da avenida, tudo mudou mais de uma vez. descobri que a distância do céu até o inferno se faz em um segundo e que o inferno por te levar para o céu num piscar de olhos. madrugadas afiadas se passaram, cortando minha alma, dilacerando meu coração. a temporalidade é só questão de opinião, quantos dias não se estendem a meses e quantos meses se resumem a horas? a vida não é linear meu caro amigo, ela sequer tem alguma lógica a ser seguida. olhar para trás é um exercício que exige coragem e paciência, o tempo pode não passar quando isso acontece, ele pode estacionar nos pequenos erros e adiantar nos pequenos acertos, no fim, restará um borrão em formato de dúvida e um balanço final incerto, que por mais que seja refeito, nunca terá os mesmos resultados. e eu me pergunto, foram dois meses apenas?
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
Eu to fechado...
... pra balanço ♪
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
Um mergulho...
... em busca de ar ♪
sempre é assim. oscilações em um mar aberto de ilusões que a vida vai levando sem querer. é sempre assim, um susto ou outro e então nos vemos bem no meio, afogados em nós mesmos e sem vontade de emergir. é sempre assim, a descida é mais intensa, é íngreme e é rápida, quando passa você já não sabe o que te atingiu. é sempre assim, a descida é divertida, engana no frio na barriga e depois consome o rastro de riso que havia um segundo antes nos lábios, destoa, descolore. mas, afinal, é sempre assim mesmo que as coisas vão acontecendo, que a vida vai se manifestando nos incríveis pedacinhos de mentiras que nos contam nos filmes, que ensinam nos livros e que nunca acontece. só é assim, e sempre acaba assim, com um olhar perdido observando o nada na tela de um computador ou no horizonte da janela, termina sem começar. e é assim, a vontade diminui, as palavras já não falam sobre nada e somente falar já não expressa nada, perde-se a si mesmo e então aceita a condição de vagar e não viver, de olhar e de nunca ser, porque a descida é assim, as expectativas ficam suspensas e o que lhe resta é a queda.
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