segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Mas um dia, um dia...

... nós seremos a maioria ♪


Perguntaram a ela um bom motivo para despertar. 
Abrir os olhos para um novo dia as vezes não nos parece a melhor opção, as vezes realmente não é, mas quando tudo está desabando, alguma coisa a mantinha de pé.
Demorou muito para que ela soubesse que sua paz tinha nome e não apenas um, mas vários.
Era como se ela soubesse que existia um lugar, não exatamente físico onde podia ser, tão só e somente ela mesma e mais nada. Não havia o que esconder, não havia porque esconder.
Parecia banal aos olhos dos demais, chegava a ser questionável, improvável, mas é tão real e tão vivo quanto as batalhas e feridas do dia a dia.

Ela se divertia com quem dizia o contrário, porque, na verdade, naquela vida que eles diziam ser a real, ela só podia vestir sua máscara cotidiana, com pessoas que fingiam se importar, com coisas que mentia gostar e com uma vida que não era sua.
A soma de todas as partes não resultavam em um todo.
No mundo contrário, paralelo àquele, ela se fazia ela mesma e era assim que era gostada, que era amada e principalmente, que era cuidada.

De simples mensagens a extensas conversas.
A contramão era o melhor caminho e ela sabia que ali havia abrigo e não podia ser mais direta, era uma sacana em meio de suas anjinhas da guarda, que de tão guardiãs, caminhavam lado a lado com ela, não seguindo ou indicando seus passos, mas a ajudando a caminhar.
E a trilha sonora daqueles dias tinha razão, longe longe longe aqui do lado, paradoxo, nada as separa.

Venenos anti-motonias, parabólicas, sotaques e caronas, highways de estrelas e tantas outras coisas que faziam aqueles dias valer a pena diziam, com razão, sobre quanto vale a vida.
Perguntaram a ela um bom motivo para despertar. 
Bom dia, ela respondeu sorrindo, de uma forma que só quem sabia podia entender.


domingo, 12 de agosto de 2012

E sobe o bloqueio...




Esse título me persegue desde minha época de 13 anos, assistindo os jogos sem nem saber o que era um corredor...
Desde então vôlei se tornou uma das minhas maiores paixões, me fazendo há 7 anos acordar de madrugada para assistir os jogos no Japão e depois dormir 1h para ir para a aula fazer prova.
Ver a seleção perder sempre me faz querer olhar nos olhos dos jogadores e dizer: cara, muito obrigada, vocês perderam o jogo, mas para mim SEMPRE serão os campeões.
Tipo aquela coisa de que pai sempre será o super-herói, essa seleção sempre será campeã, sempre será minha seleção de ouro.
Toda vez que vejo um jogo eu volto a me sentir uma criança e eu devo agradecer MUITO a seleção por me permitir sentir assim, feliz, animada... Por ser fantástica e me fazer gritar a cada ponto, chorar com as derrotas, reclamar do juiz e saber reconhecer que as vezes outros times jogam melhor.

Me deixa encantada saber a garra e o amor que esses jogadores tem, honrando a camisa que vestem e dando o melhor de si sempre. Perder acontece, saber perder é apenas para os vencedores...
Não importa, para mim, a medalha pode até não ser de ouro, mas eles SEMPRE e SEMPRE serão os melhores, que dentro da quadra fazem uma mágica sem fim.

Sei lá, eu gostaria muito de pedir para que eles não ficassem tristes, de dizer que eles são o orgulho nacional e que eu tenho o maior orgulho do vôlei brasileiro.
Dizer que eles me fazem querer voltar aos 13 anos e sair na rua com o rosto pintado, torcendo, chorando, gritando... 
Essa seleção, para mim, sempre será de ouro, porque não é a medalha que diz isso, mas o olhar de cada um e o amor que se tem a camisa.

Não sei se vocês algum dia lerão esse texto bobo, mas se sim aqui vai meu muito obrigada por tudo, o amor por vocês como um todo e por cada um em seu espetáculo particular é infinito.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

E na manhã seguinte...

... tava tudo bem ♪



Eu disse que estava com preguiça, mas esse post é de lei.

A madrugada vai alta no último dia de uma velha vida.
Saber que as coisas vão mudar depende exclusivamente de quem fará a mudança, sendo ela externa ou interna, o fato é que só se muda quando alguém quer.
Eu sei que vou...
Vivi uma vida que não me levou a nada muito além de puramente abraços vazios e olhares de gelo, uma conveniência necessária e uma aquisição garantida.
Não que esteja reclamando mesmo sobre a sorte que me sorriu, pelo que tenho conquistado e por quem tenho por perto, não não, longe de mim.
A desfeita não é em relação ao que pode-se olhar, mas ao que sinto aqui comigo.

Não sei se posso dizer com coragem que amadureci, talvez tenha amarelado um pouquinho...
Talvez tenha voltado a ser criança e assim, consigo entender muito mais as coisas que me pareciam tão complicadas.
Essas férias foram terríveis, elas me fizeram pensar.
Existe um mundo muito além dos meus olhos, muito além dos meus dramas. Não é uma constatação, é um fato obvio que me faz sempre olhar para frente.
As vezes é triste olhar para trás, triste ver o quanto corri na direção oposta, o quanto deixei de mim parar me tornar quem não era. Regressão.
Não a outras vidas, mas a um ser humano pior.

Triste mesmo é saber o que me fez enxergar claramente e a tempo que eu, há tempos, não seguia mais o caminho certo.
Deixe o passado para trás e siga comigo meus amigos, a vida é um livro encantador e escrever sua história exige coragem.
A noite passada foi a saideira, segunda-feira tudo volta ao seu lugar.


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