sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Não vou viver pra sempre...

... nem morrer a toda hora (8)



Passou o câncer, mas o sofrimento ficou.
Parece que é um costume da vida sofrer, as vezes até mais ou até menos do que se deveria, mas seguir constante em um sofrimento infinito.
E se já não bastasse os motivos em si, justificamos nossos olhos cansados com uma dor nova ou antiga, apenas para satisfazer a necessidade de nos sentir vivos.
Sim, sentir prova que estamos mais vivos do que esperávamos.

Diga adeus, ou não diga nada.

A simplicidade no ato de contar ago tão subjetivamente mágico já se torna uma grande ofensa a seus sentimentos. Ninguém liga.
E quando paro para pensar vejo então, tão diante de meus olhos, que ao redor pode existir tudo e ao mesmo tempo nada, a perspectiva e o desejo alteram o contexto de forma miseravel.
A vida é apenas uma história mal escrita pelas linhas tortas que desenhamos em uma dança estranha.
Se tudo torna-se uma questão de perspectiva, no final do jogo quem ditou as regras foi quem observou tudo em primeira pessoa, quem escolheu as estradas.
Nada demais, um velho discurso batido que qualquer poeta de bar conseguiria recitar.

O céu é só uma promessa...

Vamos lá, pegue mais um copo de bebida e venha dançar.
Os sofrimentos continuarão intactos na manhã seguinte, mas pelo menos uma noite a vontade de se libertar deve ser maior que a vontade de viver.
A saideira, só mais uma dose para voltar para uma vida que é um porre. Poesia é um porre!
Embebede-se um pouco de felicidade para depois sentir cada gota da mesma deixar seu organismo sedento por mais e então, sofrimento.
Um ciclo (ou circulo) vicioso, mata essa vontade de viver então. Sofra e depois, sinta-se repleto de felicidade até que um dia, sem aviso, tudo isso deixe de existir.

O futuro se impõe, o passado não se aguenta.

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