sábado, 4 de fevereiro de 2012

Eu to só vendo, sabendo, sentindo, escutando...

... e não posso falar (8)



Recordar.
Incrível sensação nostalgica que me faz lembrar o exato momento em que eu comecei a amar suco de maracujá, mas odiar o desejo pelo beijo molhado de maracujá.
Torna-se desnecessária a saudades de tempo que mudaram, de coisas que se foram.
A trilha sonora também indica aquele tempo em que nada nos dividia, só que esse sentimento constante de proteção e segurança mostrou-se raro de se ter por muito ou pouco tempo. Nos dias de hoje ele se esvaiu de minhas mãos como areia fina.

O tempo passa e parece que a gente nunca aprende.

Pode ter certeza que o caminho se torna mais leve quando as coisas simplesmente acontecem sem explicações a mais ou a menos.
Fica fácil caminhar em silêncio lado a lado com quem nos faz bem. 
Doces amigos, velhos amores e um intenso cheiro de grama molhada tornam uma triste estrada abandonada no cenário mais encantador para se passar seu dia favorito.
Ainda não aprendi a voltar os passos que dei e encontrar o momento em que me perdi... Em uma curva da estrada, em um atalho qualquer... Não sei se sei onde estou, mas aqui não quero ficar.

Conselho é uma forma de nostalgia.

Envelheço dez anos ou mais ao lembrar dos anos que se passaram, pequenos detalhes compartilhados entre poucos e fazem parte de uma história que não tem fim.
Ou pelo menos parecia não ter fim.
Ainda restam alguns minutos de luta, aquele triste momento onde tudo parece perdido e você ainda tenta salvar algo que cai, mas você também está caindo.
Saudades, ela vem e vai, não significa distancia, não significa eterno, ela em si já significa tudo.

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