quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Quem constrói a ponte...

Nao conhece o lado de lá (8)




10 kilos a menos, os aneis escorregam pelos dedos, o tempo escapa pelas maos e as lembranças escorrem pelo rosto, salgadas, molhadas, deixando cortes expostos. Voce se foi, mas eu ja esperava, todos sempre vão e fica só essa sensaçao, que nunca sei definir se é vazio ou só tristeza mesmo. Meus fantasmas nao tem a ver com suas decisões, nem com as ultimas palavras cravadas a fogo em minha memória, mas com a triste infelicidade de jamais poder. De encarar o destino como um karma eterno no qual para voce eu fui uma virgula, talvez um dois pontos, mas para mim voce se fez ponto final. Dói sabia? Eu confiei tanto que voce faria passar esse medo que tenho dos padroes e de sempre ser assim, o que sou, um ponto fora da curva que causa mal a tudo que se aproxima demais. Um dos que voce ja foi disse que nao era apenas o sol que brilhava quando me via, eu respondo que tbm nao é apenas o sol que encanta de longe e destrói de perto. Voce disse que eu nao precisava me limitar a isso, que eu era mais. Voce mentiu. Como pode mentir pra mim? Sabia que da minha parte era de verdade? Sabia que o seu coração partido sara e o meu não? Sabia que eu era sua amiga e você nunca foi o meu?
Você sabia e é isso que dói, mas agora não importa mais, são velhas loucuras da imagem distorcida no espelho.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Hoje eu acordei...

... agora eu sei viver no escuro



preciso escrever pra matar a escuridão que se abateu, pra tirar os demônios de dentro de casa e expulsá-los para bem longe daqui. transformar papel e caneta nas únicas armas com as quais vale a pena lutar. vão embora de uma vez, cada um daqueles que por isso ou aquilo se opuseram ao simples curso da vida, desejando encontrar macabéias onde só existem estrelas. virem esses olhos turvos, essas lentes mortas para longe de mim, minha pequena história deveria interessar apenas a quem me quer bem. desistam, brincar de detetive não levará ninguém a lugar nenhum, a verdade brinca deibaixo do nariz em pé de cada um, mas a arrogância os cega de enxergar o necessário e por favor, saiam, a porta da rua é a serventia da casa e vocês não são mais bem vindos. levem os demônios, os julgamentos e todo o bla bla bla com vocês, eles ficam mais bonitos pendurados na parede de falsidade que construíram ao redor. e não me venham com delicadezas disfarçadas de puro interesse, o cheiro da falta de amor próprio me deixa enjoada quando se perde em seus grandes olhos vazios, em seu hálito de vodka importada que você não tem condições de comprar, mas bebe para fingir esquecer as mágoas que nunca teve de fato. e isso é tudo que restou do meu castelo que desmoronou: as bruxas que se passavam por fadas madrinhas e seus vassalos disfarçados de realeza.
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